Saturday, October 21, 2006

Theory of Evolution

"Descended from monkeys? My dear, let us hope that is not true!
But if it is true, let us hope that it not become widely known!"
(The wife of the bishop of Worcester, hearing of Darwin's Theory of Evolution)

Wednesday, October 04, 2006

Objetos e Signos na Linguagem

Em seu Cours de linguistique générale, Saussure se coloca como um dos mais firmes críticos daqueles que entendem a linguagem como nomenclatura. A linguagem não é constituída fundamentalmente por nomes dados às coisas. Que objetos diferentes sejam designados cavalo, mesa ou árvore não passa de um acidente - prova está, que podem ser chamados de horse, table ou tree, ou ainda de Pferd, Tisch ou Baum. O signo lingüístico não é constituído pela união de uma coisa e um nome mas pela união de um conceito e uma imagem acústica. Na opinião de Safouan, "se um objeto pudesse, ou o que quer que fosse, ser o termo sobre o qual está fixado o signo, a lingüística cessaria instantaneamente de ser o que é, desde o ápice até a base". Poderíamos acrescentar que não apenas a lingüística deixaria de existir, mas que a própria linguagem seria atingida no seu ponto essencial: o da arbitrariedade do signo.

Se fosse possível estabelecer uma relação fixa entre o objeto e o signo, a linguagem seria transformada num mero sistema de sinais análogo aos que se estabelecem no mundo animal. O que o signo lingüístico une é um significado e um significante, e é precisamente esta união que é apontada como arbitrária, como não natural. Esse princípio da arbitrariedade do signo faz da linguagem um sistema de relações no interior do qual há apenas diferenças. Nem o significante, nem o significado são determinados de antemão, o que leva Robert Godel a afirmar que não há inicial na língua.

(Introdução à Metapsicologia Freudiana, Luiz Alfredo Garcia-Roza)

Tuesday, October 03, 2006

Hamburguer

A história do Hamburger começa no tempo dos Mongois (século XIII) que carregavam bolinhos de carne de cordeiro ou carneiro como suprimento. Os viajantes mongois costumavam colocar a carne sob a cela. Ao longo da viagem a carne seria amaciada com o galope e posteriormente consumida ainda crú. Quando os mongois invadiram Moscou, essa comida foi levada e adotada, sendo chamada de "bife tártaro", referindo-se aos invasores que também eram conhecidos como Tártaros. Mais tarde, a comida foi levada para Hamburgo na Alemanha, por meio de navios que visitavam os portos bálticos russos. Por ser uma comida simples e barata, foi rapidamente adotada pelos trabalhadores do região portuária de Hamburgo, e em decorrência do grande comércio com os Estados Unidos, a comida foi parar em Nova York, onde foi pela primeira vez, grelhada e chamada de "bife à moda de Hamburgo", ou simplesmente, "Hamburger", o que faz referência ao modo alemão de chamar as comidas típicas, como por exemplo, a comida típica de Frankfurt (o cachorro-quente) é chamada "Frankfurter" e "Berliner" como é chamado o doughnut.

dicotomia

Freud assume com satisfação um "fato [...] confirmado por outros lingüistas [de que] as línguas primitivas [...] possuem inicialmente uma só palavra para os dois pontos opostos de uma série de qualidade ou de ações (forte-fraco, velho-jovem, próximo-afastado, unido-separado...)". Os lingüistas escreveram isso, portanto a dúvida está eliminada: "Abel [o lingüista, suposto mestre do saber] nota que o fato é constante em egípcio antigo e observa que se pode encontrar vestígios do mesmo nas línguas semíticas e indo-européias". Assim, a palavra latina altus significa "alto" e "profundo", e a grega aidós, "honra" e "vergonha", a árabe tagasmara, "ser justo" e "ser injusto" etc. Aí está algo próprio para confortar a hipótese de Freud segundo a qual o sonho "prima em reunir os contrários e em representá-lo em um único objeto". Mas a exitência de "línguas primitivas" (ver a "horda primitiva"...) é ilusória; quanto às línguas antigas ou modernas sobre as quais é possível trabalhar, não basta, como faz Abel, "juntar tudo que se assemelha" para concluir que "essas línguas, por mais arcaicas que sejam supostas, escapam ao 'princípio de contradição' afetando como uma mesma expressão duas noções mutuamente excludentes ou simplesmente contrárias". A simples crítica filosófica "díssipa essas miragens".

(Lingüística e Psicanálise, Michel Arrivé)