O marinheiro triste debruçou-se à janela do apartamento 54, olhou a paisagem de mares e montanhas equilibrada sobre telhados sujos e afinal, como sempre, acabou descaindo a vista na calçada do beco. Mas desta vez foi diferente, porque o homem desceu apressado os cinco lances de escadas do edifício e foi escrever no paredão do convento o "Poema do beco".
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Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte? O que eu vejo é o beco.
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(Manuel Bandeira, Crônicas da província do Brasil)
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